Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos.
Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.
Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos.
Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.
Há uma coincidência tétrica entre o descalabro desportivo de três derrotas consecutivas e os problemas de saúde do antigo presidente Pinto da Costa, que há poucas semanas tinha publicado um testamento sobre os convidados para o seu funeral.Como associou o poeta, é uma pronúncia do norte a confundir-se com o prenúncio de morte - cenário fantasmagórico que reclama exorcismo urgente num meio em que, como dizem os amigos de Vigo, “brujas si, que las hay, las hay”.Muitos (...)
Pinto da Costa não me deixa saudades. Foi dos protagonistas mais detestáveis com quem me cruzei nestas quase cinco décadas de vida desportiva, conhecendo-o a metamorfosear-se de ninfa em percevejo, do afável e atencioso para o execrável e perigoso, ao mínimo sinal de discórdia. Foram 42 anos de hipocrisia e manipulação sustentadas por uma excelente capacidade competitiva que, em sucessivas regenerações desportivas de sucesso, colocaram o clube num patamar elevado, embora sem (...)
Faltar a energia na ficha do VAR no momento em que há um lance de possível penálti para analisar é como estar no meio da grande área e cair sem outra razão além de uma conveniente falta de forças nas pernas. Se parecia altamente improvável que pudessem cair ao mesmo tempo, o Taremi e o VAR, mais uma vez se provou que no futebol português, em determinados espaços e com determinados protagonistas, até o inverosímil pode ocorrer com a naturalidade de um raio que atinge duas (...)
EFAB⚽LAÇÃO (22) “Seis da madrugada. A luz do dia tenta apunhalá-lo de surpresa. Defende-se à dentada Da vida proletária, aristocrática, burguesa.” Como no poema surrealista de António José Forte, o Benfica-Porto transportou para a noite escura o benfiquista febril, assustado, perdido, sem pressa de chegar seja onde for, olhando a multidão, suavemente, com horror. Durante semanas, meses, o sucesso inesperado do Benfica de Roger Schmidt foi associado à fraqueza ou (...)
Se Éber Bessa fosse jogador de um grande, estaríamos hoje a discutir acaloradamente por que razão ele é, de longe, quem sofre mais faltas no campeonato português e não se queixa nem insulta a inteligência de ninguém. Estou solidário com o n.º 10 brasileiro do Vitória e aos outros digo o mesmo que as claques quando estão chateadas com a qualidade do futebol: “joguem à bola, artistas, joguem à bola!”.
O Benfica começou por se queixar da pressão sobre Rafa no jogo com o (...)
Se Éber Bessa fosse jogador de um grande, estaríamos hoje a discutir acaloradamente por que razão ele é, de longe, quem sofre mais faltas no campeonato português e não se queixa nem insulta a inteligência de ninguém. Estou solidário com o n.º 10 brasileiro do Vitória e aos outros digo o mesmo que as claques quando estão chateadas com a qualidade do futebol: “joguem à bola, artistas, joguem à bola!”.
O Benfica começou por se queixar da pressão sobre Rafa no jogo com o (...)
A SAD do FC Porto apresentou contas perante a indiferença dos meios de comunicação e dos comentaristas de plantão, que aparentemente consideram normais as extraordinárias conclusões que qualquer leigo pode extrair da apresentação de Fernando Gomes.
> Desvio de 65% do Orçamento, com um prejuízo de mais de 28 milhões contra uma previsão de 17 milhões;
> Crescimento do Passivo e subida ao 1.º lugar do ranking nacional e, provavelmente, ao 2.º da Europa ultrapassando o (...)
Pontapé para a frente e para o ar, incapacidade de ligar três passes consecutivos, duelos aéreos a todo o momento, número de faltas muito acima da média e do aceitável.
O estudo aos 90 minutos do último Benfica-Porto confirma o que a olho nu já se tinha percebido: um dos clássicos mais mal jogados de sempre, do pior futebol que se tem assistido em Portugal neste século.
De parte a parte, embora talvez tenha sido a estratégia portista a primeira responsável pelo que se (...)
O Alex Telles não foi para o Real Madrid, o Marcelo não foi para a Juventus, o Alex Sandro não foi para o Paris SG. Acabou o mercado de jogadores e, com ele, o desfile de falsas notícias que ajuda a preencher horas de televisão e páginas de jornal, das quais aquela triangulação de defesas esquerdos brasileiros ganhou a palma da originalidade.
Por acção da nova indústria dos agentes licenciados, o mercado alcandorou-se a grande acontecimento destes meses de transição entre (...)
Tensão, acusação, traição, vingança, crime - eis as últimas horas do futebol em Portugal em episódios, mais ou menos cronológicos e pormenorizados. Ontem, ao final do dia: > um advogado a chamar a polícia porque não lhe aceitam uma caixa de papéis num estádio > o presidente da assembleia geral a destratar o tal advogado e a referir como ex-sócio o ex-presidente do seu clube > uma advogada a explicar que o tal presidente lhe prometeu uma verba choruda para (...)