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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

HISTÓRIAS SEM INTERESSE NENHUM (10) X jogos, Y golos, Z assistências, 2345 minutos - a cada grande plano num jogo de futebol entre cromos de álbuns menos populares, o comentador debita-nos números avulsos, sem termo de comparação, sem relevância analítica. Chamam-lhe “estatísticas” e servem de impactante cartão de visita aos especialistas, sublimando o longo caminho feito por gerações anteriores de tentar oferecer ao espectador do futebol uma melhor compreensão do jogo, (...)
05 Jul, 2023

Maria, está didi *

EFABLAÇÃO (38) É o Super Homem? É um avião? É a Águia Vitória? É o Di Maria?A populaça fixou-se nos ecrãs com a mesma excitação dos pontas-de-lança colados à vedação do aeródromo, de nariz no ar e coração aos pulos, as redes mapearam à polegada o rasto digital do Netjets entre Ibiza e Tires e a CMTV a transmitir em direto a aterragem de um TVDE com asas, mas sem passageiro, um Transporte Vazio De Estrelas.Deve ter sido o anticlimax do ano, com o Terceiro Anel a (...)
HISTÓRIAS SEM INTERESSE NENHUM (8) Por estes dias, são inauguradas duas exposições de fotógrafos, de dimensões e alcance público díspares, mas aos meus olhos igualmente admiráveis. Rui Ochoa, com quem trabalhei no Expresso, meu companheiro de estrada no Mundial de 1990 e de excursões europeias do FC Porto, exibe o seu extraordinário talento de retratista político, retina da história da Democracia, ao serviço da Presidência da República, durante décadas. José Lorvão, (...)
10 Mai, 2023

O último cigarro

HISTÓRIAS SEM INTERESSE NENHUM (6) Cresci numa pequena vila provinciana e uma das imagens mais antigas da minha memória é a da contemplação de uma senhora, “de Lisboa”, fumando dentro de um carro junto à casa da família mais abastada, surpreendendo numa terriola onde nenhuma mulher pecava. Aos 14 anos, eu já fumava tão regularmente quanto a clandestinidade me permitia e a rebeldia me estimulava e demorei muitos anos a perceber, por falta de informação, os malefícios do (...)
EFAB⚽LAÇÃO (21) Vejo Jacques Rodrigues a sair do tribunal, o mesmo de sempre no desprezo hostil pelos jornalistas que o esperavam, mandando cumprimentos acintosos ao doutor Balsemão e ao engenheiro Fernandes, os outros magnatas da imprensa, ao mesmo tempo que me surpreendo com a primeira página de A Bola, um dos raros jornais portugueses de fabrico caseiro que conseguiu resistir durante décadas ao assédio das grandes cadeias editoriais. O último jornal do Bairro Alto decidiu (...)
HISTÓRIAS SEM INTERESSE NENHUM (4) Segunda-feira de manhã, na televisão, pivôs anunciam com entoação de quem descobriu a pólvora que os produtos IVA Zero serão Frutas, Legumes, Pão, Laticínios, Ovos e Azeite, Massas e Arroz, Peixe gordo e Carne de Frango e de Porco. Para não correrem o risco de serem desmentidos, citam Luis Marques Mendes ou Paulo Portas, os Comentadores Oficiais da Nação (CON), espécie de Especuladores autorizados e encartados. Para um ex-jornalista (...)
30 Out, 2018

Off record

Para os editores actuais tudo o que vêm à net é publicável. Primeira publica-se, depois interroga-se. Todas as toupeiras são de confiança, excepto se forem identificadas e levadas à Justiça. Sou do tempo em que as corporações de jornalistas se amofinaram contra a publicação de uma gravação do treinador António Oliveira feita sem o conhecimento deste, por um de vários repórteres numa conversa informal, o polémico "off Record". Naquele tempo, não havia redes sociais na (...)
Sempre fui céptico do chamado “jornalismo do cidadão” que tanto entusiasmou os editores na última década, incapazes de detectar na natureza humana o perigo da disseminação da mentira, mesmo involuntária, a que hoje pomposamente damos o nome de “fake news”. As pessoas, pessoas normais sem formação jornalística, vertem para as redes sociais com a mesma falta de rigor com que dissertam à mesa do café e ainda chamam aldrabões aos jornalistas. Isto para contar uma (...)