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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Jorge Jesus começou a aventura no Brasil sendo eliminado da Taça do Brasil, perante 70 mil adeptos. Um pequeno Maracanazo em linha com a sua tradição pessoal de entradas em ombros para saídas em broncas. Ironicamente, um treinador a encarnar involuntariamente a figura do clube do “cheirinho”, que está sempre perto de conquistar títulos, mas apenas os cheira. A eliminação da Taça do Brasil pesa nas finanças dos clubes, uma vez que o prémio monetário é o mais elevado de (...)
  No Brasil, as trocas de treinadores não são acontecimentos excepcionais, pois há clubes com médias de permanência inferiores a quatro meses. Quando um clube muda de “professor”, o assunto resume-se a uma espécie de refrescamento momentâneo e dança de cadeiras e até as chegadas de estrangeiros de referência, como Rueda, Osorio, Aguirre ou Sampaoli, os mais recentes, suscitaram moderado entusiasmo, sempre confinado ao emblema que os contratava. Não é assim com Jorge (...)
Acompanho com muito interesse a ida de Jorge Jesus para o Flamengo: um dos melhores treinadores do Mundo, obcecado pelo trabalho organizativo, num ambiente caótico e sob pressão de um frenesim mediático que por vezes condicionam ou impedem jogadores e equipas de atingirem os limites dos seus talentos. Jesus tem a mesma expectativa de uma criança em véspera de exploração de um parque temático, com a diferença de que nada do que o espera será surpreendente, depois de tantos anos (...)
Pela quinta vez, sempre em solo europeu (1934, 1966, 1982, 2006 e 2018), os quatro semi-finalistas pertencem à UEFA e um deles será campeão. A Bélgica mudou de identidade, engendrou uma solução diferente em honra do adversário mais difícil e surpreendeu o Brasil, num jogo em que os foras-de-série Courtois, De Bruyne, Hazard e Lukaku estiveram ao melhor nível das suas capacidades, com o guarda-redes a exceder-se, até. Chamam-lhe o efeito da continentalidade, que só por uma vez (...)
Apanha, cai, rebola, choraminga, mas levanta-se. Às vezes, não apanha realmente, mas cai, rebola, choraminga e levanta-se. E também há momentos em que provoca, cai, rebola, choraminga e levanta-se. No levantar, é que está o ganho de Neymar, pois de cada vez que ele se ergue, como um sempre em pé, os adversários directos desmoralizam um pouco, vão perdendo paciência e acabam por ceder. Hoje com o México foi, outra vez, assim. Neymar voltou a sofrer um número infame de seis (...)
Filipe Coutinho foi o melhor jogador da primeira fase do Mundial, a par de Modric, da Croácia, e de Hazard, da Bélgica. Cada um a seu jeito, mas os três com essa característica cada vez mais rara de nunca atrasarem o jogo e de correrem sempre em frente, resolutos, bola no pé, visão periférica, controlo do espaço, pensamento no golo, tempo de definição e capacidade de remate. Curiosamente, todos têm dois golos marcados e uma assistência e cinco prémios de “Man of the Match” (...)
22 Jun, 2018

A chegada de Neymar

Com um atraso de três horas de jogo, Neymar chegou finalmente ao campeonato do Mundo, ainda a tempo de se transformar num dos seus protagonistas. Foi mesmo no final do jogo sofrido do Brasil com a Costa Rica, sobre o qual pairou uma versão menos assustadora do fantasma argentino, que o craque brasileiro se libertou da pressão que o vinha condicionando, tanto ou mais do que a falta de ritmo competitivo e as sequelas da lesão gravíssima que sofreu este ano. Depois de um jogo inicial em (...)
Pressionar, segurar, manietar Neymar é a fórmula que retira 60 por cento, ou mais, da dinâmica ofensiva da selecção do Brasil. A Suíça mostrou como se faz e tenho a certeza de que nos próximos dias vamos ouvir algo parecido com um “deixem jogar o Neymar”, perante o receio de que não tenha ainda atingido a forma física necessária para marcar a diferença. A estrela brasileira sofreu dez faltas (contando apenas as assinaladas), quase o triplo das cometidas sobre Cristiano Ronald (...)