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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Dizia o filósofo António Medeiros, também treinador de futebol, que não era bonito bater em cães mortos. Foi dele que me lembrei esta madrugada ao saber da notícia de que a Administração Fiscal teria confiscado contas bancárias do Sporting por causa do não pagamento de dívidas referentes aos meses de Abril e Maio.

No tempo em que eu era editor, inclusive no jornal em questão, a notícia não seria essa, com o devido respeito. Perante os factos revelados, em vez de “Sporting: Fisco penhora contas bancarias”, eu teria titulado “Fisco bate recorde mundial de velocidade na execução de dívida ao Sporting”.
Isto se os factos são verdadeiros, se realmente a penhora se deve a dívidas não saldadas há menos de 90 dias. Julgava eu que haveria um processo, juros de mora e novo prazo antes de se chegar à pena capital, o que normalmente demora alguns meses.
No corpo da notícia não há qualquer explicação sobre os trâmites e fica subentendido que se trata de prestações correntes, nomeadamente quando é adiantado que os gestores actuais já pagaram as do IRS de abril e aparentemente toda a gente no jornal, desde o jornalista ao diretor que colocou chamada na 1.ª página, passando pelo editor, achou normal esta intervenção drástica do FIsco.
Ou as dívidas são mais atrasadas e a penhora é o fim de um processo normal que duraria há meses e veio coincidir com a crise directiva?
Por um lado, fala-se em Comissão de Gestão (clube), por outro em incumprimento do fair play financeiro (SAD), não se percebendo se são dívidas do clube ou da SAD, o que seria capital para o licenciamento nas próximas competições profissionais?
Perceber e comentar o que se passa no Sporting por estes dias é mais perigoso que um trapézio ensebado. A toda a hora tocam buzinas de alarme ou se acendem luzes de esperança. A comunicação social também virá a ser julgada quando se regularizar este clima caótico em que qualquer notícia e o seu contrário surgem lado a lado a qualquer momento, sem filtros nem justificações.

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