O melhor do ano foi… Nooooooooo!
O melhor do ano foi… Nooooooooo!
A minha votação para o melhor jogador mundial de 2017-18 teria sido, pela ordem, em Antoine Griezmann, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Luka Modric faria parte de uma segunda linha, a par de Raphael Varane, Kylian Mbappé, Mohammed Salah e Harry Kane.
É incompreensível que nenhum jogador francês figure entre os três melhores para a FIFA e acredito que a classificação da Bola de Ouro do France Football, ainda e sempre o prémio individual mais importante e mais justo pela qualidade e isenção do júri, nos dará uma classificação mais próxima da que eu considero ideal.
O meu melhor jogador da última temporada seria, então, Antoine Griezmann.
Mas pelos critérios que elegeram Modric, defendo que Varane justificou mais do que o croata, apesar de nem sequer ter sido considerado pelo júri da FIFA.
E Salah entra nos três primeiros e ganha o prémio Puskas, do melhor golo, por causa do voto do público, sem o qual teria ficado em 6.º lugar. O egípcio é o primeiro jogador a ficar no pódio dos três melhores sem fazer parte do onze ideal do ano.
Entre muitos portugueses cresce um sentimento de revolta pela “derrota” de Cristiano Ronaldo que reflecte a habitual cultura desportiva nacional: a culpa é do árbitro. Neste caso, o pensamento dominante é de que não “ganhámos” porque a FIFA é um coito de mafiosos sem escrúpulos, que roubam sempre a favor do Real Madrid…
Em pelo menos cinco dos últimos 11 anos, aqueles que coroaram Cristiano Ronaldo como o melhor do mundo, FIFA, UEFA e os seus prémios foram justos, honestos e criteriosos. Quem sabe se não voltam a ser e se o português não regressa ao palco a exclamar Siiiiiiiii?