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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Apanha, cai, rebola, choraminga, mas levanta-se. Às vezes, não apanha realmente, mas cai, rebola, choraminga e levanta-se. E também há momentos em que provoca, cai, rebola, choraminga e levanta-se. No levantar, é que está o ganho de Neymar, pois de cada vez que ele se ergue, como um sempre em pé, os adversários directos desmoralizam um pouco, vão perdendo paciência e acabam por ceder.

Hoje com o México foi, outra vez, assim. Neymar voltou a sofrer um número infame de seis faltas, foi agredido impunemente por Layún fora das quatro linhas, mas ditou mais uma inevitável eliminação do México nos oitavos-de-final, com um golo e uma assistência.

A folha estatística de Neymar já mostra dois golos, dois passes decisivos e 23 faltas sofridas. Não apresenta o número exacto de quedas, rebolos e chorinhos que serão certamente mais de 30. Porque, tirando o exagero de algumas das suas reacções, não há memória de um jogador sofrer tanta pancada, jogo sim, jogo também. 

No começo da prova, o treinador Tite tinha avisado que o craque brasileiro precisaria de quatro ou cinco jogos para atingir a plenitude, depois de mais de três meses de paragem com uma grave lesão. A evolução ao longo da prova confirma essa previsão e ele apareceu hoje cada vez mais perto do seu melhor, bem acompanhado pela enorme subida de produção de Willian, compensando ambos o abatimento súbito e inesperado de Felipe Coutinho.