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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.


Portugal acompanha a Argentina, Cristiano Ronaldo acompanha Messi, a FIFA garante o rejuvenescimento das suas galas de fim de ano. Usando uma imagem de Fernando Santos, saem do palco os dois grandes violinistas do futebol contemporâneo, e fica a orquestra uruguaia que tem mais bombos do que violinistas, é certo, mas muito bem afinada.



O seleccionador esperou até ao intervalo para mudar o sistema de jogo e libertar Bernardo Silva, o qual acabou por transformar-se no líder de ataque que a equipa nunca tinha conhecido desde o começo do Mundial, por razões tácticas. Talvez o erro maior desta campanha tenha sido esse mesmo: obrigar o violinista Bernardo a tocar bombo, horas a fio. Mas não chegou, porque os outros violinistas ficaram sem palheta.



Na selecção portuguesa, fez-se ouvir bem forte o bombo de Pepe e em geral Portugal foi melhor do que o Uruguai em luta, pressão e esforço, mas perdeu claramente em inteligência de jogo, ao sofrer a derrota na sua fase melhor e mais confiante de toda a competição, a segunda parte deste último jogo.



Desde 1966 e do célebre jogo com a Coreia do Norte, em que virou uma derrota de 0-3 para 5-3, Portugal perdeu consecutivamente todos os jogos de fases finais de Mundiais em que começou a perder: hoje foi o décimo em tal aconteceu, apesar da raridade de ainda ter conseguido empatar por alguns minutos. E o tempo que Fernando Santos demorou a reagir, depois do primeiro golo logo aos 7 minutos, deixa-nos pensar que, erradamente, essa tendência catastrofista não foi tida devidamente em conta.