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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Um ex-delegado da Liga apontado como um mafioso muito influente nos meandros da bola, que terá feito um relatório para o Benfica sob o tema “Arbitragem”, apareceu hoje em mais um email revelado por um blog pirata a pedir um reforço da sua avençazinha para mil euros, número redondo.

Como é habitual, não foi revelada a resposta nem os resultados do labor deste alegado “menino querido” da organização benfiquista, mas percebe-se que o clube tenha dificuldade em vingar neste território da corrupção, pagando tão mal por objectivos tão ambiciosos.
O “low cost” continua a ser o padrão mais conhecido da alegada organização ilícita ao serviço do Benfica, mesmo quando se trata de um suposto agente infiltrado, e justifica o facto de, ao fim de um ano, nenhum órgão de comunicação, nem sequer o Porto Canal, se ter dado ao trabalho de o ouvir ou mostrar, tal a importância que lhe atribuem.
É a síndrome Calabote que, 60 anos depois, continua a derrotar o clube lisboeta sempre que se aventura em território pantanoso: fica com a má fama, os outros com o proveito. Quando se trata de corrupção, o Benfica é muito incompetente, desde logo porque tudo se sabe.
Entretanto, passou mais de um ano sobre o começo da devassa da correspondência electrónica do Benfica sem uma acusação formal e objectiva, perante o silêncio cúmplice da Federação e da Liga, hoje acusadas pelo clube de terem promovido mais uma fuga de informação, a divulgação de dois contratos de jogadores.
Creio que esta acusação, difícil de provar, é um estratagema do Benfica para obrigar as duas instituições a chegarem à frente e a aplicarem os regulamentos, para acabar com mais este foco destrutivo de criminalidade organizada no seio de uma indústria que se pretende de referência.
A revelação dos contratos de Ferreyra e Castillo, iguais a tantos outros, é um acto patético, embora muito valorizado por quem acha que um indigente, ou mesmo uma rede de indigentes, pagos a mil euros por mês, pode derrotar a moral desportiva, a grandeza colectiva e a qualidade futebolística de um campeão como o FC Porto.