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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Desde o início das fugas dos emails do Benfica me tem intrigado que nunca sejam divulgadas as respostas. A tónica das mensagens que empolgam Jota Marques é invariavelmente de um pobre diabo a mendigar bugigangas, a troco de informações básicas, mas não tem sido revelado o passo seguinte, nomeadamente se o Benfica satisfaz a pedincha - e é muito importante sabê-lo para formar uma acusação.

A última é do ex-árbitro Adão Mendes a pedir uma camisola e um livro com dedicatória, num embrulho à parte, para oferecer ao pai de um observador de arbitragem, ex-árbitro internacional, aliás. Mas agora desconhecemos se o Benfica enviou o pacote ou não e isso é muito frustrante.

Ontem, era o delegado Nuno Cabral a pedir um aumento de avença para mil euros, mas ficámos sem saber quanto ganhava antes nem se foi realmente aumentado ou se entrou em greve.

Penso mesmo que este pormenor é uma enorme fragilidade do processo montado pelo porta-voz do FC Porto, pois o caso já estaria bem mais adiantado nesta altura se conhecêssemos uma única resposta de Luis Filipe Vieira a mandar executar algum pedido. Caramba, a menos que as contas de mail do Benfica sejam apenas receptáculos, deve haver por aí um despacho qualquer, nem que seja de “arquive-se”, pelo que não encontro razão para não serem divulgados igualmente pelos piratas de plantão.

A quantidade de mensagens com conteúdos inapropriados, sugerindo práticas de influência inadmissíveis, já podia ter motivado o Benfica a mostrar essas respostas, ficando comprometido ao não o fazer. Sou do tempo em que um completo banco de dados sobre árbitros, jornalistas, dirigentes adversários, treinadores e jogadores, a chamada lista telefónica de contactos, era sinónimo de “grande organização” para aqueles que agora denunciam tais ferramentas como arsenal de malfeitores.

Porque receber um email a pedir uma prenda não é prova de corrupção ou, sequer, violação ética, pelo cariz afectivo que tais ofertas normalmente contêm. Ainda hoje li uma entrevista do maior amigo de Cristiano Ronaldo a revelar que lhe pedem, através do instagram, não apenas camisolas e autógrafos, mas também casas e automóveis.

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