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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

Frederico Varandas confirma muita inexperiência para a função de presidente neste processo de despedimento do treinador José Peseiro. As dificuldades em nomear o técnico seguinte, o primeiro do seu pontificado, denunciam uma gestão pouco racional.  

1 - A demissão surgiu dois meses fora de tempo. Sendo claro que Peseiro nunca foi o treinador do seu projecto, tema estrategicamente contornado na campanha eleitoral, a substituição teria sido melhor compreendida no dia a seguir à tomada de posse, 

2 - Não se entende, considerando as dificuldades da formação do plantel e dos sobressaltos da pré-temporada;

3 - É precipitada em função dos resultados, remetendo para a demissão de Bobby Robson há 25 anos, por Sousa Cintra;

4 - Pode compreender-se pelo fraco nível exibicional da equipa, ainda que tal nunca tenha sido questionado publicamente ou nos meios de comunicação do clube;

5 - Revela fraqueza da liderança perante os protestos de parte de uma das mais reduzidas assistências dos últimos anos num jogo em Alvalade, começando muito cedo a ceder aos caprichos do que resta da claque;

6 - Evidencia amadorismo na escolha do sucessor, ao não conseguir esconder que não existia uma real alternativa definida com antecedência, ao contrário do que seria de esperar de um presidente que não apoiava o treinador que “herdou”.

Em suma, uma decisão inesperada, aparentemente mais emotiva do que racional, mas irreversível e de consequências devastadoras.