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J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

J Q M

Fui jornalista, estive em todo o tipo de competições desportivas ao longo de mais de 30 anos e realizei o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Agora, continuo a observar o Desporto e conto histórias.

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Sempre que Sérgio Conceição é expulso, lembro-me do famoso e simpático Rei dos Catalisadores. Neste momento, se as contas estão actualizadas, um vai para a 21.ª condenação pífia do Conselho de Disciplina da Federação e o outro acumula penas ridículas pelos tribunais às suas 140 acusações de furto.

Ambos beneficiam há anos da dureza das leis e regulamentos para manterem os seus hábitos pitorescos, salvaguardadas as diferenças, e alimentarem uma aura de bons malandros que sempre emocionam uma parte da população mais sensível.

E também porque a Química explica o processo de catálise que de vez em quando se desencadeia no cérebro do treinador do Porto, ou seja, o “aumento da velocidade de reação perante a ação de um catalisador”, que neste último caso foi o abominável Hélder Malheiro.

Se o Rei dos Catalisadores, agora “suspenso” por outras cenas, nos comovia de cada vez que saía do tribunal condenado a continuar em liberdade, o Rei das Expulsões emociona-nos sempre que sai na lista dos castigos da FPF com 612 euros de multa e duríssimas repreensões por escrito, como uma espécie de Robin dos Relvados que enfrenta os poderosos e cruéis árbitros portugueses para ajudar às receitas da pobre Federação.

Entretanto, o lado romântico destes zés do telhado dos novos tempos já se faz sentir na opinião publicada. Comentadores encartados carpiram toda a noite na pantalha da populaça por causa da perseguição desenfreada que a organização de malfeitores da arbitragem mantém a um treinador cujo único defeito é ferver em pouca água. Também era assim com o Rei dos Catalisadores: não fazia mal a ninguém e dava trabalho às oficinas.

Em 21 expulsões é natural que alguma tenha sido exagerada, porque o histórico agrava a presunção e árbitros e polícias não têm bitolas acertadas para a gravidade dos delitos. Conta a lenda que o Rei dos Catalisadores também foi apanhado uma vez com apenas um aparelho caído de um motor e ontem Sérgio Conceição foi expulso por apenas ter dado um pontapé na bola, sem acertar em ninguém e demorar só cinco minutos a acatar a ordem da autoridade.

Senhores juizes e conselheiros da Federação, sejam indulgentes!

FOTO ABola.pt

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