Renato, Gedson e as férias
Como se os últimos dois anos não tivessem existido, Renato Sanches apareceu hoje na primeira formação do Bayern apresentada pelo novo treinador, Nico Kovac, muito fresco, solto, dinâmico e influente, quer no jogo, quer no resultado, ao fazer um magnífico golo de livre directo de um ângulo apertado, apenas “diminuído” porque Gigi Buffon tinha sido substituído na baliza do Paris SG, minutos antes. Foi uma surpresa revê-lo como se fosse outro.
Foi como se Renato Sanches tivesse saído dos festejos do Europeu, gozado as suas merecidas férias e iniciasse agora a vida profissional na Alemanha. O único problema é que foram dois anos em férias, tempo perdido em demasia. E, claro, estamos ainda longe de perceber se atingirá o nível competitivo que o Bayern exige, sem olvidar que o adversário de hoje era a reserva parisiense.
Dois anos após a venda de Renato, o Benfica lança um novo valor na mesma posição e o mundo dos olheiros, dos negociantes e dos mercados já entrou em ebulição. Gedson Fernandes é menos, muito menos, exuberante nas suas acções e ainda parece inibido em algumas situações de jogo, mas oferece um desempenho táctico mais fiável e contínuo, sem as quebras de concentração que tantas vezes atrapalham Renato. A força, o talento e a capacidade de remate são idênticas.
Embora com menos dois anos de vida, Gedson já está a atingir a idade futebolística de Renato e - o futuro o dirá - espero que nunca o deixem ir de férias durante duas épocas.